terça-feira, 14 de dezembro de 2010

18º Capítulo



Encostou a sua cabeça à parede em sinal de derrota. Ouviu-o dar uma gargalhada, viu-o levantar ligeiramente a cabeça o que fez os seus cachos balançarem levemente. O seu sorriso era perfeitamente alinhado, intocável e eterno. Podia sentir o seu perfume chegar a si, estava completamente hipnotizada pelo único homem ao qual não podia chegar. Tudo aquilo estava a consumi-la por dentro, um vazio enorme instalou-se dentro de si e instintivamente reagiu à dor preparando-se para sair dali. Desencostou-se da parede e olhou-o apenas mais uma vez, na mesma altura ele voltou a sorrir, ela fechou os olhos e virou-se, estava a tirar-lhe a pouca coragem que tinha para seguir em frente. Manteve-se assim durante mais 10 segundos e deixou a sua perna dar o 1º passo para se dirigir à porta.

- Onde vai?

Ela voltou a parar, aquela voz retirou-lhe completamente a coragem que lhe restava. Ele aguardava a resposta, aproveitou para a olhar de cima a baixo, percorrer todas as suas curvas com o olhar. Apenas reconfirmou o que há muito sabia: era definitivamente a mulher mais perfeita do mundo.

“Não estás sozinho Manz?! Não me digas que é a do restaurante! Oh que caralho, David?!”

Não respondeu a Rubem, dar-lhe-ia atenção quando obtivesse uma resposta por parte dela, que continuava imóvel sem pronunciar uma palavra. Continuava a sentir uma ligeira sensação de culpa porque afinal ele tinha sido a causa da sua queda.

‘Por minha causa? Aww que droga, será? Tanta coincidência não pode existir não..’

- A casa de banho, onde fica?

Sofia não se atreveu a olhar para trás, a muito custo se manteve calma. Se ele não tivesse aberto a boca, a esta hora ela teria desaparecido com toda a certeza. Ou talvez não.

- Primeira porta à direita. Precisa de aju..

-Não, eu vou sozinha. Obrigado.

Viu-a seguir caminho sem o encarar. Aquela atitude por parte dela mostrava medo, medo de quem talvez já tivesse sofrido muito ou simplestemente medo dele. Não no sentido literal claro, mas do mundo em que ele estava, pelo menos assim entendeu. Deixou o telemóvel cair e ficou preso nos seus pensamentos sentando-se na cama. Não sabia bem como chegar a ela e isso estava a deixá-lo um pouco impaciente. Não era habitual viver uma situação tão repentina como aquela, mas sabia que nada era por acaso.

Lembrou-se que Rubem ainda estava a falar sozinho e pegou no telemovél.

-Rubem?

“Mas que raio meu? Já viste o tempo que me deixaste a falar sozinho?!”

-Desculpa mas não vai dar para falar, depois eu ligo para você.

“Ouve lá nem penses que me vais deixar a falar sozinho outra vez, o que é que se passa?”

- Tá passando tudo neste momento.

“Ahm? Mas tu andas alucinado desde que viste aquela gaja meu, não te percebo!”

-Vai perceber.

“Oh fodasse, vais-me explicar a história ou n..”

Não deixou Rubem acabar, levantou-se e dirigiu-se à sala. Não ia preparar nada, o momento deixaria as coisas correr naturalmente.

8 comentários:

Janee disse...

wow, excelente capitulo :9 adorei, cotinua :)

Anônimo disse...

Ohh está tão lindo que até me vieram as lágrimas aos olhos.
Continua...

Ana M disse...

Aaii não posso isto lá é maneira de sa acabar um capitulo lolol.
Adoro a tua fic Sofia.
Estou ansiosa pelo proximo capitulo.Continua.
Bjs

Anônimo disse...

Amei, pra quando o proximo??

Sofia Caramelo disse...

minhas queridas, obrigado pelos vossos comentários! o próximo é oara breve :)
Continuem a deixar-me as vossas opiniões

Ana disse...

perfeito...

quero mais...

posta mais hoje, por favor...

continua...

Bárbara disse...

Sofi Sofi adorei o capitulo! =D

Ahahah e o Ruben..Loooooool
Agr quero ver o que vai dar estes dois meninos.. :P

Beijinhos

disse...

Opá, fiquei uns dias sem ler, mas continua maravilhosa a fic!! Ia me dando uma coisa quando ela se ia embora....o destino tem destas coisas :)
Continua a optima escrita, vou ficar ansiosa pelo próximo :D
Bjinhos