segunda-feira, 27 de setembro de 2010

12º Capítulo




Após o estalar da fechadura, levemente sentiu uma mão na sua cintura, convidando-a a passar a entrada e ela assim fez. Como uma criança que explora pela primeira vez o terreno, sentiu medo. Muito medo do desconhecido, de não saber o que a esperava, de não saber o que lhe ia na alma. A medo deu um pequeno passo e pode sentir o chão ‘gritar’ debaixo do seu pé, o seu joelho cedeu o que a fez soltar um ‘autch’ audível sentindo depois um braço envolver-lhe toda a sua cintura. Sofia cerrou os olhos e encostou a sua cabeça no ombro de David, tentando controlar-se e esqueçer a dor.

Ele não esperava aquela aproximação, mas não fez nada que a contrariasse. Inspirou fundo e sentiu o seu cheiro, doce e apetitoso. Nem era de se atirar de cabeça mas aquela mulher estava a deixá-lo alucinado. Um pouco envergonhado e perdido no meio dos seus pensamentos, posou o seu queixo no ombro de Sofia. A sua única reacção foi congelar completamente, a sua respiração foi sustida.

- Melhor?

-Já passou mais um pouco.

- Precisa pegar você ao colo?

‘Oh Meu Deus, por favor..’

-Não! Quer dizer, não é preciso. Eu consigo andar bem. Minimamente bem ..

Fechou os olhos e conseguiu sentir a respiração de David no seu ombro, aquilo estava a matar o seu coração lentamente. Ela queria deixar-se levar pelas suas pernas, avançar e separar os seus corpos, mas não tinha coragem. A respiração quente e suave dele, valia pelas dores que sentia no joelho, pelo gritar da sua alma. Ninguém tinha sido feito para aguentar uma carga emocional daquele tamanho. Se continuasse assim não saberia quanto mais tempo conseguiria manter-se visivelmente calma, avançou um pouco apenas o suficiente para o fazer levantar o queixo do seu ombro.

-Vamos ficar à porta?

Sofia não olhou para trás, avançou a passos largos. Pelo menos quanto o seu joelho lhe permitia, apoiou uma mão na parede já que de algum modo ela conhecia a sua casa. Vantagens proporcionadas pela Benfica Tv.

- Está com medo de mim?


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

11º Capítulo



-Deixa eu te ajudar.

Ela olhou para a mão de David ainda depositada no seu braço discretamente, mas não o suficiente para ele deixar passar ao lado. Levemente, Luiz apertou um pouco mais o seu braço levando o seu polegar a fazer um pequeno círculo em torno do mesmo, o que a faz fechar os olhos e respirar fundo.

-Eu consigo sair sozinha, não estou assim tão incapacitada.

-Não foi isso que queria dizer, eu só queria te aju..

-..dar. Eu sei David.

Era a primeira vez que ela pronunciava o seu nome. A forma como a sua boca articulava as sílabas do seu nome num tom angelical deixou-o perplexo, talvez um pouco orgulhoso. Não conseguiu evitar um sorriso tímido seguido de uma pequena mordidela no lábio. Sofia agradeceu por ter os seus Ray-Ban na cara, os seus olhos abriram-se bastante com aquele gesto sedutor, ele sabia como fazer as coisas mas de uma forma discreta e romântica. Não poderia pedir mais. Baixou a cabeça, pacientemente afastou o braço até sentir apenas as pontas daqueles dedos roçarem suavemente nos últimos milímetros da sua pele e saiu do carro tentando evitar explodir de felicidade e desatar aos pulos que nem uma miúda do 5º ano.

Ele ainda levou um pouco a sair do carro, após desapertar o cinto tirou os Carrera da cara e olhou para sua mão. Fechou-a lentamente e olhou-a por 5 segundos. O destino afinal tem sempre razão, junta quem deve, com quem deve, na altura que deve.

Ajudou-a a subir a escadaria da entrada, agarrou-a com força tentando fazer um esforço para se manter concentrado no caminho e não na sua cara. Largou-a por momentos e tirou a chave do bolso. Sofia encontrava-se ali parada, contempletando o ‘B’ que se destacava naquele pedaço de madeira que separava a sua realidade e o sonho. Olhou-o, e um leve sorriso depositou-se na sua cara, ele transmitia-lhe uma calma e segurança incrivéis. Apesar de ter uma enorme vontade de gritar em plenos pulmões, nunca na sua vida o seu coração tinha batido tão depressa com a maior sensação de calma que alguma vez tinha experimentado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

10º Capítulo


David parou devido a um semáforo vermelho. Tinha a mão esquerda no volante e a direita no manípulo das mudanças, ela foi obrigada a olhar. Reparou como ele a admirava por cima dos óculos, reparou no movimento que fez, virando-se um pouco mais para si. O carro era bastante robusto mas com a aproximação que ele estava a fazer, desejou que fosse bem maior de forma a conseguir aguentar o seu jogo.

- O sinal abriu.- Colou o seu olhar na dianteira do carro.

David deixou aparecer novamente o sorriso , puxou os óculos para cima e voltou à posição inicial com um ar vitorioso, orgulhoso dos seus efeitos nela.

-Eu sei.

Não era capaz de o encarar durante muito tempo, ia jurar que o seu coração saía disparado do peito se o fizesse. Estava a matá-la lentamente, olhar mais profundo que aquele não existia. Aquela aproximação ‘furtiva’ que fez, deixou-a literalmente a tremer de ansiedade e curisosidade.

Queria antecipar o próximo passo dele, mas sabia que neste momento o controlo da situação não era sua.

-Chegamos.

Ela acordou daquele transe, com um movimento involutário que a fez saltar discretamente no banco. Estava tão envolvida naqueles pensamentos, nas imagens que corriam dentro da sua cabeça de algo que se poderia adivinhar mais que uma simples passagem, bem longa com toda a esperança esperava.

- Claro, chegamos? Sim, chegamos.

Ela abriu a porta, o seu joelho estava a melhorar um pouco mas aquela posição estava a matá-la. Sentiu uma mão quente no seu braço, de um impulso só voltou-se. Um misto de medo e expectativa depositaram-se na sua mente quando os olhares se cruzaram, aquela mão macia e calorosa sobre a sua pele desencadeava uma reacção nervosa que a fazia perder o controlo. Tentou por um momento percebê-lo, talvez conseguir ler alguma coisa que a acalmasse um pouco sabendo o que esperar, mas ele era demasiado imprevisível. Esperava o melhor dele, só não sabia o quanto isso valia.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

9º Capítulo



David abriu o sorriso e estendeu-lhe a mão. Sofia voltou a engolir a seco, talvez pela 4ª ou 5ª vez desde que ali tinha entrado. Ergueu a sua mão lentamente, apercebeu-se tarde de mais que todo o seu corpo tremia com a aproximação do contacto.

-Está tremendo?- David sentiu a sua mão abanar dentro da sua e fixou-a com o olhar.

Sofia respirou fundo e levantou-se com o olhar cravado no chão, ele estava a percebê-la. Quando mais contacto existia entre os dois, mais um pouco de si era revelado a ele. David olhava-a com apreensão, esperava uma resposta.

-Não, não tenho razões para estar a tremer. Vamos?

David sorriu para dentro, percebeu que a causa do estado de Sofia era o seu toque. Tinha de confessar que estava a gostar demais dos efeitos e mais, tinha de admitir que a sua beleza natural estava a dar cabo dele.

-Vamos sim.

A viagem foi feita sem sobressaltos, em silêncio. David olhou-a sem medo, através dos óculos pode reparar que olhava pela sua janela com uma mão apoiada na porta. Tinha um ar misterioso, caída do seu céu literalmente. Apareceu do nada e esse pequeno ‘nada’ estava agora a tornar-se uma surpresa bastante agradável para ele.

‘Meu Deus, essa mulher é divinal’

Concentrou-se novamente na estrada e deixou o sorriso torto surgir. Não sabia nada sobre ela, e achava que talvez ela soubesse muito mais sobre ele. Alguma coisa teria de perguntar.

-Qual é mesmo seu nome?

Sofia olhou e o susto fez a sua mão descer automaticamente da porta para o botão do vidro sem prévio aviso. O vidro começou a descer lentamente, o que a levou a meter o dedo de novo no botão para o puxar para cima. Ele sorriu enquanto a via completamente atrapalhada perto de si e por si. Reparou que quando o vidro fechou por completo, Sofia levou a sua mão esquerda à testa num gesto de vergonha e embaraço, o que o fez gostar ainda mais da situação.

-Sofia, chamo-me Sofia.

-David Luiz, prazer.

Aquela palavra foi dita num tom propositado para a provocar, o que a fez afastar o seu olhar completamente atrapalhada. David já sabia como a deixar assim, e prometeu a si próprio continuar a fazê-lo, era mais forte que ele. Estendeu a sua mão para a cumprimentar, ela voltou a olhar e correspondeu. Mais uma vez o seu toque, sentiu a mão de David a apertar-se cada vez mais ao redor da dela. Afastou a sua mão da dele e virou a cabeça para a porta, tentou abafar o sorriso com todo o seu esforço. Mordeu o dedo e cerrou os olhos, ele estava literalmente a deixá-la ‘sem jeito’ e no entanto, estava a adorar isso.

-Carrera, bom gosto- o seu olhar estava metido no estádio de Alvalade, seria uma desculpa se por acaso ele exigisse a sua atenção.

-Você gosta?

-Prefiro Ray-Ban, mas sim gosto.

-Como pode dizer que gosta sem sequer olhar?

8º Capítulo



O médico saiu deixando-os sozinhos naquela enorme divisão. Ela levantou os olhos do seu joelho para ver o que a rodeava, nem podia acreditar que estava ali dentro, nada do que imaginára seria assim, um toque de mordenismo e classe. Teve a enorme tentação de olhar para David com a atenção que este merecia, mas tinha medo de se perder e não se voltar a encontrar. Resolveu então colocar os seus olhos na enorme janela que se encontrava do lado direito, uma área que abrangia um ambiente agradável. Tentou limpar a sua mente, encontrar o que lhe dizer, ela tinha ensaiado aquela cena vezes e vezes sem conta. Mas algo impedia as suas cordas vocais de fazerem o seu trabalho. Aliás, tudo lhe parecia pré-fabricado se as palavras fossem as mesmas e essa não era a sua maneira de ser.

David apoiou-se num braço do sofá e levantou-se, contornou-o por trás sem nunca deixar de a olhar. Esse gesto por parte dele, fez com quem ela desvia-se a sua atenção e tentasse ouvir o som dos seus passos, tentar imaginar a sua pose. Fechou os olhos e concentrou-se apenas na audição enquanto a podia admirar. David percebeu e parou por momentos, as suas mãos apoiaram-se nas costas do sofá discretamente, o suficiente para ela o sentir. Apoderou-se do seu corpo um arrepio que a fez chegar a sua cabeça ao ombro, um gesto involutário. Ele captou de imediato e sorriu, queria largar um sorriso de modo a que ela ouvisse mas preferiu prolongar aquele momento um pouco mais. Baixou-se um pouco, o que a fez sentir a sua respiração perto do ouvido. Inspirou fundo, o seu cheiro era irresistível, completamente arrebatador. Susteve a respiração e abriu os olhos. Rodou levemente a cabeça, baixando o olhar. Esse acto levou Luiz a chegar ainda mais próximo do seu ouvido, suprando levemente de modo a que ela o sentisse ainda mais. Sofia não aguentou, e olhou rapidamente em frente tendo acalmar-se e manter a sua postura. David adorou o efeito que provocou nela e por fim contornou o sofá encarando-a. Ela ergueu o olhar e engoliu a seco. Estava a perder o controlo do seu corpo e ele sabia que pouco a pouco estava a ganhar isso.

- Veio sozinha para cá?

‘Calma, pensa antes de responderes’

-O Comboio estava cheio.

‘o QUÊ!? Great’

Pelos vistos a sua atrapalhação foi o suficiente para fazer David sorrir.

-Tou vendo que veio sozinha mesmo. Vem, eu te ajudo e te dou uma carona até minha casa.

Ela parou, completamente chocada a olhar para David.

- A tu.. tua casa?

- Claro, não vai ficar sozinha com esse joelho. Mas de jeito nenhum.

-Não há problema, eu vou soz..

-Não vou aceitar um ‘não’ como resposta!

Ela até poderia continuar a insistir, mas ele não a deixava simplesmente ir embora. A expressão que fez era algo completamente amoroso de mais para ela recusar, voltou a engolir a seco. Se David lhe tocasse naquele momento, de certeza que iria notar o enorme esforço que estava a fazer para se manter minimamente calma. Boleia até à sua casa? Meu Deus, as coisas não estavam nada facéis para Sofia. Nunca pensou chegar tão longe, ou melhor, tão perto dele. E o seu corpo estava bloqueado, não sabia o que fazer, não sabia o que dizer. Isto nunca lhe tinha acontecido, sempre se tinha conhecido como alguém completamente desenrascada, com resposta na ponta da língua. E no entanto lutava para a sua boca pronunciar um simples ‘sim’ sem no segundo a seguir, cair para o lado com toda aquela emoção.

-Sim.

7º Capítulo



-Eu estou bem, foi só uma queda- ‘meu deus, esse olhar’

- De jeito nenhum, vai voltar comigo para dentro e vai ser vista por um médico. Consegue andar?

- Posso tentar.

David levantou-se e estendeu-lhe o braço, o que a fez paralizar durante 3 segundos. Engoliu em seco e levantou a sua mão lentamente até sentir o contacto entre as duas. Devia de sentir tudo naquele momento, mas não conseguia pensar, raciocinar. Apenas agia por instinto. David apertou-lhe suavemente a mão, e como se sentia cada vez mais atraído por uma desconhecida que o tinha arrebatado com um simples sorriso. Levantou-a sem dificuldade, segurando-a pela cintura com a outra mão. Este gesto fez com que ela o olha-se directamente, sem vergonhas, sem medos, sem dúvidas. Podiam simplesmente desaparecer os dois do meio de toda aquela confusão.

-Vem.

Levou-a até ao lugar de pendura, fechou a porta e correu até ao volante. Fez sinal ao segurança que voltou a abrir a cancela e meteu a marcha atrás a alta velocidade, estacionado o mais próximo da porta do centro. Levou-a até dentro, nunca saindo de perto de si com a maior preocupação. Só o seu toque fazia a dor dissipar-se, mas ela tinha de admitir que estava a adorar aquele seu lado completamente adorável. David encaminhou-a para um pequeno sofá com cuidado redobrado, pois qualquer movimento podia piorar o seu joelho.

-Vou chamar o médico, nem pense em levantar daí.

-Mesmo que quizesse não era capaz- disse num tom de brincadeira.

Ele sorriu e correu pelo corredor o mais rápido possivel, em pouco tempo trazia consigo o médico da equipa equipado com uma mala de primeiros socorros. Ajoelhou-se ao seu lado, mantendo debaixo de olho cada movimento que o médico fazia, cada simples fracção de segundo. Queria assegurar-se de que recebia o melhor tratamento possível. Discretamente olhou-a, deitou a cabeça um pouco para o lado direito de modo a que a sua face ficasse completamente centrada na ainda desconhecida para si. Tentou lembrar-se da primeira vez que a viu, no restaurante. Ia jurar que ela tinha saído de um conto de fadas, estava completamente arrebatado com a sua beleza. Reparou na forma como o seu cabelo caia suavemente através dos ombros à medida que ela se baixava um pouco para inspeccionar as acções do médico sobre o seu joelho. Reparou no seu olhar que deixava transparecer um pouco de intriga, confusão com tudo o que se passava à sua volta, ele reparou. Acreditava fielmente em Deus, com todo o seu ser. E acreditou que ela era um sinal, vindo de algo muito superior a simples mortais que eram.

- Agora aconselho-a a não esforçar muito o joelho, apesar de não ser nada de grave- tentou abster-se daqueles pensamentos, quando ouviu o médico. Ao menos era algo menor, pensava ser mais preocupante devido à queda.

- Valeu cara, te devo uma.

6º Capítulo



Desde então a sua vida não parava. A universidade estava a exigir bastante dela, não lhe deixava espaço para quase nada. Por sorte tinha a tarde livre e iria aproveitar para descansar um pouco. Junto à janela, as recordações daquele dia nao saiam da sua cabeça, era como um filme a rolar vezes e vezes sem conta dentro do seu pensamento. Sofia não se importava, aliás ela tinha medo de esqueçer e a sua vontade era de completar a história que apenas estava nas páginas iniciais. Tinha por costume correr atrás dos seus sonhos e foi o que resolveu fazer. Afinal de contas ela sabia mais sobre ele, e mais importante: sabia onde o encontrar. Fez-se ao caminho, paragem: Centro de Estágio, Seixal.

Era bastante provável que ainda o encontrasse àquela hora, pelas suas contas os treinos já tinham acabado e seria hora de abandonar o centro. O portão principal já estava rodeado por pelo menos uma centena de adeptos, quando os jogadores começaram a sair. O 1º foi Javi, rodeou-se rapidamente de fãs, que alguns seguranças tentavam deter. Reconheceu-a e acenou-lhe com a cabeça, Sofia retribuiu.

Olhou para dentro e conseguiu vislumbrar o carro de David, ainda lá estava. No preciso momento em que olhava, David dirigiu-se para o automóvel metendo os seus Carrera na cara e a mochila nas costas. A cancela abriu-se e o vidro instantaneamente baixou. Nunca negava um autógrafo a ninguém, o reconhecimento para ele era bom sinal, sinal de que dava sempre o seu melhor. Os seguranças tentavam manter os adeptos o mais longe possível do carro mas a tarefa não estava nada fácil, neste momento um deles foi um pouco mais brusco empurrando um grupo onde Sofia se encontrava. Esta desiquilibrou-se batendo violentamente com o joelho numa barreira de protecção. O embate foi tal, que a barreira ao movimentar-se no alcatrão deixou marcas bem denunciadoras. David olhou e vendo uma rapariga no chão, a sua única reacção foi sair do carro direito ao segurança.

- Oh cara não faz isso não, quem jeito tem? Deixa eles, vai!

Dirigiu-se a ela que se encontrava agarrada ao joelho, contorcendo-se de dores. Baixou-se, completamente preocupado com alguém que por sua causa, tinha sofrido uma queda brutal.

-Me deixa ver- Sofia olhou na sua direcção, David tirou os óculos para puder admirar o ser frágil que se encontrava à sua frente- Você?

5º Capítulo


Ela tremia ao pensar que o jogo ia começar, iria ser decisivo sem dúvida. Sabia que aqueles homens em campo iam dar tudo por tudo para sairem vitoriosos. Um em particular lutava com toda a força que possuía dentro de si por cada lance, como se fosse o último da sua carreira.

E durante mais um jogo isso tinha acontecido, estavam nos minutos finais e a bola chegou até David Luiz que rematou e fez golo. Todo o Estádio se levantou num ambiente de festa eufórico, o banco de suplentes quase invadiu o campo. David correu na sua direcção agarrado ao símbolo da águia que tinha no peito, a garra que mostrava era de louvar. Gritava com todo o ar que podia, festejava de uma maneira única. Chegou perto do banco e lançou-se para cima de Amorin, olhou para as bancadas com o punho cerrado o que levou a uma reacção ainda mais visivél por parte de todos os adeptos. Sofia levantou as mãos e gritou, com uma lágrima no canto do olho, ainda tentava perceber como uma pessoa em quem nunca tocou, tomava conta do seu corpo daquela maneira.

David voltou a olhar na sua direcção, desta vez encontrou-a. Ainda sobre o seu companheiro, esboçou o maior sorriso que pode e levou a mão fechada ao peito, batendo nele duas vezes. Sofia acenou positivamente e repetiu o mesmo gesto que David, mordendo levemente o lábio. Os festejos do golo tinham terminado, assim como o jogo. Graças ao seu Campeão, tinham conseguido a vitória. Podia perceber porque era o ‘menino de ouro’ de Jesus, o seu protegido.

Esperava ansiosamente por ele junto ao túnel, que já corria ao seu encontro. Mas antes que pudesse continuar foi apanhado por vários jornalistas e fotógrafos que queriam ter uma palavra com o homem do jogo. Ela preferiu não esperar, merecia toda a atenção por parte dos media pela sua brilhante prestação. Encaminhou-se para fora do Estádio e sentou-se num ponto alto observando o ‘Túnel da Morte’. Eram entoados cânticos, as pessoas traziam uma enorme alegria dentro delas. Fechou os olhos e respirou fundo demoradamente, era este o verdadeiro sentimento Vermelho.

Achou que era cedo de mais para sair dali, por isso resolveu dar algumas voltas ao Estádio. Vislumbrou o portão de saída com várias centenas de adeptos e foi investigar. Sorte a sua que naquele preciso momento, o autocarro encarnado se preparava para abandonar o Estádio direito ao centro de Estágio. Olhou com atenção e viu que David se encontrava no corredor a admirar toda aquela festa, e como as pessoas gritavam por ele. Acenava a toda a gente e Sofia levantou a mão.

De imediato se destacou naquela multidão por David, que rapidamente se chegou para cima de Rubem e colou a sua mão ao vidro. Sofia conseguiu chegar perto do autocarro e colar também a mão no vidro. Ia jurar que conseguia sentir o calor através daquele pedaço de qualquer coisa transparente.Ele sorriu de uma maneira única, enquanto Amorin quase esmagado pelo seu companheiro se ria com toda a situação. Ela mandou-lhe um beijo e o autocarro partiu, David levantou-se olhando pelo vidro traseiro, levou a mão à boca e retribuiu o gesto.

Ela, em completo choque, apertou com força o cachecol que trazia na mão. Estaria mesmo destinado?

4º Capítulo



Encontrava-se deitada no sofá, com o bilhete que o seu padrinho lhe tinha dado na mão, era hoje. Olhava para aquele pequeno pedaço de cartão e achava tudo aquilo alucinado de mais para ser verdade, e graças ao seu padrinho o seu sonho estava lentamente a adiquirir contornos bem reais.

Recostou-se um pouco mais no sofá e pensou naquela tarde, em cada segundo passado dentro do restaurante, Basicamente aqueles momentos tinham sido o desejo de milhares de raparigas e no entanto tinham-lhe acontecido a si. A si. Ela acreditava que tudo tinha uma razão para acontecer, uma razão de ser. E acreditou com todas as forças que Deus tinha decidido daquela maneira e não de outra, por alguma razão. Levantou-se e dirigiu-se ao roupeiro, procurou uns calções subidos e uma blusa larga que deixava vislumbrar um pouco do ombro.Vermelha claro, era a noite do Glorioso brilhar.

Pegou nas chaves e rumou ao Colombo.

Não se importava de fazer aquele caminho as vezes que fossem necessárias sozinha, era como um ritual para si e a Catedral, um sítio completamente sagrado. Olhou novamente para o bilhete e melhor lugar não poderia pedir: atrás do banco de suplentes do Benfica, quase junto ao túnel. Além da incrível panorâmica que teria do jogo, poderia ainda estar bastante próxima dos jogadores, de um em especial esperava ela. Teria de fazer um enorme jantar ao seu padrinho por aquilo, lembrou-se.

As equipas sairam para o treino, David vinha em 1º e deu uma pequena olhadela ao estádio, virou-se na sua direcção, olhou uma, duas, três vezes para ter a certeza. E mesmo assim não a encontrou. Abanou a cabeça e seguiu em frente. Aquele gesto tinha-a deixado um pouco confusa, não percebeu a sua reacção. Ele olhava a procurar algo, alguém. Chegou a pensar se seria ela quem David procurava ..

O grande Patrão saiu do túnel e dirigiu-se ao banco para deixar um casaco, já com a sua chiqlete na boca. Ouviu-se a maior saudação da noite e alguém atrás de Sofia encheu os pulmões de ar e chamou por Jesus suficientente alto para se fazer ouvir. Este olhou e Sofia aproveitou para lhe acenar. Jesus sorriu e piscou-lhe o olhou. De seguida dirigiu-se para junto da sua equipa.

Basicamente aqueles momentos tinham sido o desejo de milhares de raparigas e no entanto tinham-lhe acontecido a si. A si. Ela acreditava que tudo tinha uma razão para acontecer, uma razão de ser. E acreditou com todas as forças que Deus tinha decidido daquela maneira e não de outra, por alguma razão. Levantou-se e dirigiu-se ao roupeiro, procurou uns calções subidos e uma blusa larga que deixava vislumbrar um pouco do ombro.Vermelha claro, era a noite do Glorioso brilhar.

Pegou nas chaves e rumou ao Colombo.

Não se importava de fazer aquele caminho as vezes que fossem necessárias sozinha, era como um ritual para si e a Catedral, um sítio completamente sagrado. Olhou novamente para o bilhete e melhor lugar não poderia pedir: atrás do banco de suplentes do Benfica, quase junto ao túnel. Além da incrível panorâmica que teria do jogo, poderia ainda estar bastante próxima dos jogadores, de um em especial esperava ela. Teria de fazer um enorme jantar ao seu padrinho por aquilo, lembrou-se.

As equipas sairam para o treino, David vinha em 1º e deu uma pequena olhadela ao estádio, virou-se na sua direcção, olhou uma, duas, três vezes para ter a certeza. E mesmo assim não a encontrou. Abanou a cabeça e seguiu em frente. Aquele gesto tinha-a deixado um pouco confusa, não percebeu a sua reacção. Ele olhava a procurar algo, alguém. Chegou a pensar se seria ela quem David procurava ..

3º Capítulo


Chegou perto, sem nunca deixar de a olhar intensamente e como aquele olhar a matava, lhe dava vontade de fazer o impénsavel, o incontrolável.

-Mister, vem para junto da gente?

‘Oh meu Deus, que voz tão suave. Não faças isto comigo ..’

Jesus fez-lhe um sinal positivo com a cabeça e David entendeu. Não era preciso muito para o Mister se fazer perceber. Ela queria agarrá-lo naquele preciso momento, não o deixar voltar para longe de si. Olharam-se intensamente durante dois segundos, até David dizer:

-Peço desculpa pela interrupcção, até mais .

Aquele ‘até mais’ teve um único significado e Sofia percebeu-o assim que as palavras foram proferidas e isso causou-lhe um arrepio verdadeiramente sentido por todo o seu corpo.

-Sim, até mais.

David formou um ligeiro sorriso nos lábios o que a levou a focar-se na sua boca. Mordeu discretamente o seu lábio, respirou fundo e voltou a centrar-se nos seus olhos. Começou a afastar-se, deu 2 passos ainda focado em si e finalmente virou-se e voltou para a mesa. Os seus companheiros receberam-no com entusiasmo e várias palmadas na costas, como se se tratasse da comemoração de um golo que garantisse a vitória na recta final de um jogo decisivo.

-Gostei de ti miúda, boa rapariga sim senhor. Até uma próxima!

E com isto dirige-se à mesa da equipa, passando uma visturia nos seus jogadores, conferindo se tudo estava bem. Era mais forte do que ele.

João encaminhou-se para a saída passando à frente de Sofia, que nesse momento se apercebeu do olhar de David Luiz mais uma vez focado em si. Ou talvez nunca o tivesse desviado ..

Se ela pudesse parar o tempo, aquele olhar seria imortalizado para sempre. Olhou para o seu padrinho, já ia bastante adiantado. Voltou a olhar para a mesa e como ela queria dizer qualquer tanta coisa. Mas não haveria tempo e muito menos coragem. Abriu a boca levemente, suspirou.

Viu Rubem a meter a cabeça no meio de David e Javi tentando ver a cara do seu melhor amigo. Apenas levantou as sobrancelhas numa expressão de espanto o que levou Javi a soltar uma gargalhada. David recostou-se na cadeira e pegou no telemovel que se encontrava em cima da mesa, rodando-o. Olhava-a de uma maneira intensa, e ela sentia-o à distância. Pegou nos óculos e começou a caminhar, o que levou David a chegar-se para a frente num impulso só. Último olhar e o sorriso surgiu novamente. David deixou aparecer um sorriso torto, mais visível do lado esquerdo da cara, o que levou o coração de Sofia a disparar de uma forma tremenda, novamente. Estava a pensar como isso tinha acontecido vezes de mais em tão pouco tempo.

Olhou em frente e pegou na porta, parou. Voltou a olhar para trás e o seu Campeão continuava focado em si. Ele, Saviola, Rubem, Javi e Aimar. Com isso ela poderia sonhar, a sua boca soltou um enorme sorriso. Meteu os óculos e saiu do restaurante.

2º Capítulo



Naquele mesmo restaurante, o mais aclamando do Estádio encontrava-se todo o plantel principal do Benfica. Isso mesmo, Os Campeões e a equipa técnica. Alegremente distraídos, talvez dos copos a mais, talvez por terem dado a maior alegria à Águia. O certo é que as comemorações do título ainda não tinham acabado, sorte a sua pensou ela ..

Percorreu a mesa com os olhos e bem lá ao fundo viu uma figura que a deixou congelada. David Luiz, no meio de Saviola e Javi Garvia, acompanhando-se de Pablo Aimar à sua frente. O seu sorriso era ainda mais tentador ao vivo, aquele era o seu Campeão.

Respirou fundo e a sua mão largou calmamente a porta, encaminhou-se para a mesa do seu padrinho. O chão era feito de um material que denunciava bem os seus saltos e isso de alguma forma chamou a atenção de praticamente todos naquele espaço. Era atraente, com silhueta de sonho para uma jovem de 18 anos. Olhou para a mesa dos Campeões e a maior parte dos olhares eram dirigidos a si.

Ramires e Rubem Amorim pareciam comentar algo, até mesmo Luisão se virou para ver o que tanto os seus companheiros admiravam. Olhou um pouco mais para a frente, deparou-se com o olhar de Javi, que levemente bateu no ombro de David Luiz, na altura distraído com algo na tv.

‘Que foi cara?’- conseguiu ler nos seus lábios. Neste momento David olhou na sua direcção. Ela já centrada no seu olhar levou a mão direita à cara e tirou os óculos, os seus olhares estavam focados um no outro e isso era certo. Não sabia o que sentir mas toda aquela cena a levou a lançar um ligeiro sorriso na direcção dele enquanto caminhava . O olhar dele era diferente de todos os outros naquela sala, estava também ficado em si é verdade, mas era mais profundo do que qualquer outro. Ela ia jurar que a química tinha sido imediata. David não deixou de a seguir o que fez com que este passa-se o olhar sobre a cabeça de Aimar que estava à sua frente. Perante a cara completamente pasmada do seu colega, Aimar olhou na mesma direcção que ele. Neste momento ela desviou o olhar, e Aimar voltou novamente a virar-se para David Luiz, que continuava hipnotizado. Em seguida trocou pensamentos com Saviola e Javi que levemente bateram na cabeça de Luiz e o fizeram ‘acordar’.

-Sofia, minha querida! Como estás?- o seu padrinho apressou-se a levantar-se. – Estás tão crescida afilhada. Vem, quero apresentar-te uma pessoa. Jesus!

Neste momento a ilustre figura levantou-se do seu lugar, passou a mão pelo cabelo e sem deixar espaço para qualquer palavra cumprimentou-a.

-O teu padrinho não parava de falar de ti Sofia. Jorge Jesus, prazer.

- É uma honra conhecê-lo, juro.

- Eu não te disse que ela era linda?

-Sim realmente tens razão João, linda mesmo.

-Oh por favor, vou ficar envergonhada!- neste momento todos soltaram uma ligeira gargalhada e Sofia aproveitou de novo para olhar a mesa, desta vez em sua frente. Encontrou novamente o olhar que tento queria, mas desta vez o grupo estava completamente focado em toda aquela cena que para si, parecia ainda irreal. Saviola tinha-se virado um pouco mais para a sua direcção, Javi estava quase colado a David Luiz e a cadeira de Aimar encontrava-se agora numa posição totalmente diferente da inicial. Toda esta atenção levou a que desviasse o olhar por segundos, mas era irresistível. David Luiz apoiava agora os cotovelos na mesa e levava uma mão à boca, enquanto Javi lhe segredava algo. David sorriu ligeiramente e Sofia correspondeu com esse mesmo sorriso ligeiro, mas tão profundo. A sua reacção levou Javi a recostar-se na cadeira com um ar vitorioso, enquanto Saviola esmurrava o braço de David, rindo-se da situação.

Ela tentava digerir o facto de tudo aquilo estar a acontecer à sua frente, de fazer parte do ambiente onde se encontrava naquele preciso momento. Conseguiu ver a aproximação de Rubem Amorin ao grupo, que agarrou os ombros de David e o abanou delicadamente, sentando-se um pouco mais atrás entre David e Javi. Este, pelo que percebeu, não perdeu tempo em contar o que se passava e em breve mais um olhar estava posto em si.

-O João também me contou que és benfiquista.

-Hum?- estava completamente atordoada- Ah claro! Desde que me lembro, nem poderia ser de outra forma.

Jesus levou a mão ao bolso e tirou de lá uma caixa de chiqletes,meteu uma na boca.

- Sendo assim, quero ver-te neste estádio muitas vezes.

- Eu já tratei disso Jorge- João tirou da carteira um bilhete encarnado e entregou-o a Sofia- Sabes perfeitamente que sou portista mas isso não me impede de te dar um pequeno presente destes de vez em quando.

Sofia abriu a boca e tentou dizer alguma mas apenas se formou um enorme sorriso na sua cara.

- Eu nem sei o que dizer- deu-lhe um beijo na cara- Obrigado.

-Já disseste minha querida. Bem Jorge é semprei um prazer, mas o trabalho chama-me.

- Claro João, vai dando notícias. Foi um prazer enorme Sofia.

-O prazer foi todo meu, conhecê-lo foi uma honra.

Sofia voltou a olhar para a mesa, viu David a meter uma bebida à boca, não podia dizer qual já que estava a uma distância considerável. Olhou para ela, baixou a cabeça . As suas mãos sairam de cima da mesa e pararam na cadeira. Desviou-a, voltou a olhar para ela e ergueu-se. Esta reacção por parte de David levou o grupo a entreolhar-se e Rubem puxou-lhe a mão o que desviou a sua atenção por segundos.

‘Vou lá cara’- e com isto encaminhou-se na sua direcção. Sofia começou a tremer. Ao ver aquela figura deslumbrante caminhar até si pode reparar como era simplesmente perfeito. O seu cabelo levantava suavemente a cada passo dado, a forma como o seu corpo respondia a cada movimento feito por sua causa, sim por sua causa. Ou talvez não, isso seria bom de mais para ser verdade e ela já se tinha iludido com tudo ..

1º Capítulo



Mas neste momento ela estava a dar um pequeno passo que talvez fizesse toda a diferença. O seu padrinho, um homem bastante influente na empresa onde se encontrava tinha acabado de lhe fazer uma chamada. Encontrava-se no Estádio da Luz com o maior de todos os patrões: Jorge Jesus. Pelos vistos tinha-o conhecido através de um amigo e nesta altura já se davam suficientemente bem para partilharem uma refeição.

Ela caminhava ao seu encontro, era uma honra enorme conheçer o homem que levou o Inferno a renasçer. Sempre fora simples, um top preto cai cai que deixava vislumbrar levemente a sua barriga, uma calças de ganga justas e uns saltos pretos. Meteu os seus Ray-Ban na cara enquanto se dirigia á saída do Colombo.

Parou por um instante para admirar a Catedral. Não sabia explicar porque mas cada vez que chegava perto daquele recinto, o seu estômago apertava-se de uma maneira que não conseguia evitar. Passou o ‘Túnel da Morte’ como lhe chamavam, e entrou no estádio onde pediu indicações a um segurança.

A porta do Restaurante era relativamente pequena mas bem ao fundo, conseguiu ver o João, seu padrinho. Apenas conseguia ver essa fila de mesas e pensou que talvez fosse um espaço não muito grande. Empurrou a porta e olhou em frente, o que a fez lançar um olhar ao homem que iria acabar por mudar a sua vida, o padrinho.

Uma grande agitação fez desviar a sua atenção para o lado direito do restaurante.

‘Wow que mesa enorme! Espera lá.. FODASSE’

domingo, 19 de setembro de 2010

Prefácio


My Precious Gold-Boy



Ainda estava bem acesa aquela chama adormeçida durante tanto tempo em milhões de pessoas, milhões de apaixonados pelo maior orgulho nacional: Sport Lisboa e Benfica.

Era mais que um clube, mais que futebol. Era paixão, garra, esperança, sofrimento, vício! Movia uma massa associativa única, junta por uma única razão. O Inferno Vermelho tinha mostrado o seu valor ao acordar mais uma vez, o eterno Campeão.

E ela vivia cada segundo do seu Benfica como se a sua vida dependesse disso. Vibrava, chorava, irritava-se, tinha as maiores alegrias com o seu clube de sempre. Ao mudar-se para para a capital onde ia seguir com os seus estudos, jurou a ela mesma, marcar presença muitas mais vezes na Luz. O sentimento que se encontrava dentro daquele estádio era indiscritível. Causava-lhe arrepios incontroláveis, tinha vontade de chorar e sorrir ao mesmo tempo. Só um verdadeiro benfiquista o podia compreender.

E como todos os seguidores do Grandioso, ela tinha os seus favoritos. Ou melhor, o seu favorito. Não era discriminação, o valor total do plantel era soberbo, mas era com ele que ela sentia uma vontade enorme de gritar e nunca mais se calar. A sua classe como jogador, a magia que fazia ao tocar na bola. A garra que fez com que o seu nome fosse aclamado quase em modo de ovação, a sua humildade enquanto ser humano. Ela sonhava com ele, literalmente.

O número 23 marcado nas suas costas tinham imortalizado David Luiz. Ele era o verdadeiro Guerreiro da Luz. E como ela desejava o impossível ..

O eterno 'Menino de ouro'.